Andorinhas


  Tristes mares de andorinhas
  que voam mais do que dantes...
  Batem asas tão sozinhas,

  apontando os navegantes
  
   Asas cinzas e dormentes,
   em busca de um vôo igual...
   Só tu sabes, só tu sentes,
   só tu vês, ó Portugal!


   




   Tristes mares que eram moucos 
   aos gritos da solidão...
   Todos os versos são poucos
   no vira do Minho então.

   Asas cinzas e dormentes,
   em busca de um vôo igual...
   Só tu sabes, só tu sentes,
   só tu vês, ó Portugal!

  Asas plenas e secretas,
  no vira do Minho em flor...
  Tu - Portugal dos poetas -
  tu és berço, nau e dor.

  Asas cinzas e dormentes,
  em busca de um vôo igual...


  Só tu sabes, só tu sentes,
  só tu vês ó Portugal!
 
  Andorinhas, andorinhas,
  pelos mares foragidas...
  Algumas pousam nas vinhas!
  Outras dormem nas ermidas!¨
   

(Paulo Roberto de Aquino Ney)
 fonte:Nós Todos Lemos


    

Um comentário:

RUI disse...

Amiga, Marcia: nada melhor que esta Poesia para lhe agradecer as palavras que dedicou ao "affaire" Maitê, sem dúvida lamentável.
Mais lamentável que as palavras atabalhoadas e "bebuns" da "Lady", foi a "cuspidela" num monumento que é um dos símbolos de Portugal. As outras "Ladys" riem por "desconhecimento" da tremenda grosseria da "amiga".
Mas a vida é isto: temos de separar os Brasileiros que não nos vêm como Portugas da Idade da Pedra Lascada dos outros...!!!
Ao seu "VIVA PORTUGAL" corresponde o meu "VIVA O BRASIL", sem hipocrisias...!!!
Abração do
Rui
1lindomenino